Museu Delton Luiz Lucca

domingo, 22 de abril de 2012

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16/05/2011 - O autodidata das lições ambientais

A históia do agricultor de 75 anos responsávelápor plantar mais de 11 mil árvorás e reflorestar as margens do rio que banha sua propriedade no interior do Rio Grande do Sul.

Do sítio Nossa Senhora da Salete, no interior de Santo Ângelo (RS), onde criou os oito filhos, Delton Luiz Lucca não pretende sair tão cedo. Não apenas porque foi do solo missioneiro que tirou o sustento da família, mas, principalmente, porque é em meio à natureza que encontra o seu lugar no mundo. A rotina nem de longe faz menção aos 75 anos que tem. A qualidade de vida é atribuída ao tempo que dedica às atividades que mais gosta: ser ministro da Eucaristia na pequena Capela Sagrado Coração de Jesus, do distrito de Sossego, comunidade com cerca de 38 famílias, e cuidar dos 23 hectares que herdou do pai.

- Levanto às seis da manhã, preparo o mate e o café, então acordo minha mulher e vou cuidar das árvores frutíferas, das plantações, dos porcos e das galinhas. Não perco o vínculo com a terra por nada - conta Lucca. Ao lado da companheira Martha Corso Lucca, 74 anos, o agricultor dedica o tempo para cuidar das mais de 300 árvores frutíferas que plantou na propriedade. Dentre elas, pés de araçá, sete-capotes, guabiju, pitanga, nozes, bergamota, banana, kiwi e uva. Além do consumo próprio, Lucca, uma vez por ano, no mês de março, participa da feira do produtor, onde vende parte do vinho, dos frutos e dos legumes que produz. O restante fica para os muitos pássaros que visitam e embelezam a propriedade.

Protetor de encostas e mananciais


Lucca estudou até a 4ª série do Ensino Fundamental. No entanto, tem uma consciência ecológica que pode servir de exemplo a muita gente com curso superior. Seu grande orgulho é ter reflorestado as margens do Rio Itaquarinchim, que corta parte de seu sítio e abastece a cidade. Segundo ele, ao longo de toda a sua vida, plantou mais de 11 mil árvores, tudo para proteger encostas e mananciais.

- Muita gente questiona o porquê de eu não derrubar tudo e ganhar dinheiro plantando soja. Ocorre que quero fazer a diferença no planeta. Por isso, prefiro deixar um mundo melhor para as gerações futuras - resume, ao lembrar que algumas das árvores oferecem alimentos às várias espécies de insetos e aves que povoam o sítio, como o pica-pau.

Conhecimento é o bem mais valioso


Quando filhos, netos e bisnetos visitam Lucca e sua esposa, a refeição é festiva. O vinho acompanhado de polenta, salame, queijo e milho assado na brasa seguido de doce de abóbora, lembram o tempo em que todos trabalhavam juntos.

- Meus filhos pegaram na enxada, ajudaram a manter esse local, agora são bons e honrados profissionais. Dei conhecimento em vez de terras, sei que, quando eu morrer, não haverá disputa pela propriedade, vão manter o que construí. Sempre defendi que a herança pode acabar, mas o estudo, não - conta o pai, orgulhoso.

Por um futuro melhor


O envolvimento com a comunidade do distrito do Sossego motivou Lucca a tentar arborizar a estrada de chão que liga a localidade ao centro de Santo Ângelo. Ao mobilizar os moradores, iniciou o plantio de árvores nativas ao longo de um trajeto de 300 metros. Ainda que tenha enfrentado resistência de alguns proprietários, conseguiu o apoio da prefeitura e começou um túnel verde de árvores frutíferas que, num futuro próximo, irá deixar mais bonita e arejada a via que dá acesso, segundo ele, ao melhor lugar do mundo, o sítio Nossa Senhora da Salete. Para o futuro, Lucca deseja criar um sistema de captação de água da chuva visando o reaproveitamento para irrigação de árvores, parreiral e milharal, além de abastecer os animais.

- Meu pai nos ensinou a cuidar do que está ao redor. A paixão pela natureza e a maneira como se dedica a ela dá a certeza de que o mundo pode ser melhor - ressalta a filha Maria Aparecida Lucca Paranhos.


Foto: Luís Fernando Belmonte / Especial
Fonte: ZH Nosso Mundo | Clicrbs

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